Textos da Seleção Biométrica de Edson Exs
Origem da Evolução Biométrica de Edson Exs
Quando garoto, lembro que no colégio me ensinaram que, os animais eram irracionais, mas eu sempre gostei de bicho, então observei que, quando chamava meu cachorro, ou meu gato... Eles viam em minha direção, ficava pensando que de alguma forma, eles sabiam que eu estava a chamar por eles, tinha também as.brincadeiras. pensava tem algo errado.
Anos depois vou definir a Evolução Biométrica, que defendo que, os seres vivos possuem vários níveis de inteligências, só havia diferenciado de graus, do homem até chimpanzé, do chimpanzé até o golfinho, o corvo... Até mesmos seres como lesmas tem inteligência, porem, infima, instintiva.
A vida se fez quando a energia deu o salto na massa abiotica (sem vida), fazendo com que está passasse a ter auto-movimento, vontade, instinto, emoções, pensamentos.
Como a Evolução Biométrica, é a quebra das barreiras entre a biologia e a física. Você não pensa mais como a matéria abiotica (sem vida), deu um salto para a vida, que é a evolução de Darwin, mas, quando a energia transformou-se vida.
Até hoje ela (energia) continua sua jornada. Em cada um de nós, o mais 'abstrato' dos seres.
E disse a Energia: Haja Vontade: e Houve vida.
Para a Evolução Biométrica de Edson Exs, não há dúvida que o principal fenômeno de sobrevivência humana, vem do campo abstrato, a imaginação, a capacidade de identificação geométrica, semitria, identificação de sequecias na natureza, o trouseram até qui, e o levaram ao espaço Sideral.
Jamie Metzl: “A revolução genética mostra que seres humanos são dados”
Em livro recém lançado, o especialista em tecnologia e saúde futurista Jamie Metzl fala sobre os avanços da engenharia genética que em breve permitirão pensarmos em reprogramação de DNA
Habilidades em matemática ou alto desempenho para esportes? Saúde imbatível ou inteligência acima da média? E os olhos, serão azuis, castanhos, verdes? No futuro, talvez essas sejam algumas das perguntas que um casal que queira ter filhos terá de responder quando estiver preenchendo a ficha no laboratório. Isso mesmo, laboratório: vai chegar um momento que mais bebês serão feitos em placas de Petri do que na cama. Ao menos é o que acredita o especialista em tecnologia e saúde futurista, o americano Jamie Metzl, que acaba de lançar no Brasil o livro Hackeando Darwin (Faro Editorial, 304 páginas, R$ 54,90).
Segundo o autor, nosso DNA está se tornando cada vez mais legível, copiável e reprodutível, a ponto de estarmos próximos a conseguir “hackeá-lo”, assim como fazemos com dados de computador. Isso significaria que, 3,8 milhões de anos depois do surgimento da humanidade, nos tornaremos capazes de ditar as regras da evolução e dos princípios de seleção natural explicados pelo naturalista britânico Charles Darwin. “O que a revolução genética nos mostra é que seres humanos são dados”, diz Metzl, que, em 2019, foi nomeado para o comitê das Nações Unidas para o desenvolvimento de padrões globais, governança e supervisão da edição do genoma humano.
Parece assustador, e é. Se por um lado teremos nas mãos o poder de acabar com mutações e problemas que podem extinguir a espécie, por outro corremos o risco de ter mais prejuízos do que benefícios se não soubermos usar esse poder com sabedoria. “A diversidade é a única estratégia de sobrevivência da nossa espécie”, diz Metzl. “Se abusarmos das ferramentas da revolução genética, de modo que isso reduza nossa diversidade enquanto espécie, mesmo que pensemos estar fazendo algo bom, isso poderia significar uma evolução estreita e muito perigosa.”
Para não correr riscos, é urgente começar a olhar para esse futuro e debater seus possíveis desdobramentos — algo que, na visão do especialista, a sociedade não tem feito. “Precisamos nos desafiar a entrar nessa conversa, para pensar profundamente e agir a fim de criar um tipo de infraestrutura normativa e regulatória, da qual precisaremos para ter certeza de que essas tecnologias serão usadas com sabedoria e não de forma abusiva”, diz. Entenda mais a seguir:
Vamos começar pelo título do livro. O que exatamente você quer dizer quando afirma que agora nós somos capazes de hackear Darwin?
Quando as pessoas pensam em Darwin, elas pensam na evolução darwiniana tradicional de mutação aleatória e seleção natural. Meu livro trata disso, de todas essas bilhões de espécies que já viveram. Mas nós somos a única espécie que de repente tem o poder de reescrever as regras da evolução darwiniana, o que é historicamente sem precedentes e vai transformar quase todos os aspectos das nossas vidas e nosso mundo. A capacidade de alterar nossos códigos genéticos, somado às ferramentas da engenharia genética, vai mudar não apenas a maneira como fazemos bebês, mas a natureza dos bebês que fazemos.
Cientistas do campo da epigenética afirmam que o meio ambiente também influencia a genética. Qual o papel da epigenética na engenharia genética?
Por trás dessa questão, há uma ainda mais ampla sobre qual é o papel do meio ambiente e qual é a relação entre o meio ambiente e nossos sistemas. E muitas décadas de estudos com gêmeos tentaram chegar ao cerne da questão sobre o quanto de nós é natureza e quanto de nós é criação. Mas a epigenética é uma questão muito mais restrita, ela é o conjunto de instruções para a célula sobre quais aspectos do gene se manifestam em um determinado ambiente. E isso é extremamente importante, porque se não tivéssemos marcadores epigenéticos, cada uma de nossas células estaria tentando criar seu próprio humano e, então, nós morreríamos. Algumas pessoas, porém, falam sobre herança epigenética. Segundo elas, se houver algum trauma pelo qual seus pais tenham passado, então esse trauma de alguma forma é transmitido a você. Embora haja alguma evidência de herança epigenética, eu pessoalmente acredito que essa ciência é exagerada. A herança ambiental, cultural e genética são extremamente importantes, mas a epigenética, para mim, é menos.
Mudando nosso código genético, não corremos o risco de perder o "acaso"? Quão importante ele é para a evolução humana?
Se por "acaso" você quer dizer diversidade, ela de fato é a única estratégia de sobrevivência da nossa espécie. É por isso que cada abelha é um pouco diferente uma da outra. Somos capazes de ter essas pressões seletivas e é isso que permite que nossa espécie sobreviva. Se abusarmos das ferramentas da revolução genética, de modo que isso reduza nossa diversidade enquanto espécie, mesmo que pensemos estar fazendo algo bom, como proteger nossos filhos de algum prejuízo, isso poderia significar uma evolução estreita e muito perigosa. Mas é igualmente possível que possamos usar as ferramentas da genética para expandir a diversidade de nossa espécie. Quer dizer, hoje somos uma espécie que não é capaz de viver por longos períodos de tempo e espaço. Se quisermos nos tornar uma espécie interestelar, precisaremos mudar nossa genética de algumas maneiras, o que expandiria a diversidade genética de nossa espécie. Portanto, a diversidade é essencial. E é por isso que, agora, nos primeiros estágios da revolução genética, precisamos estar falando sobre questões éticas. Precisamos falar sobre equidade e diversidade, porque se caminharmos cegamente para esta revolução sem pensar profundamente sobre as implicações, podemos acabar em um lugar muito perigoso.
Que tipo de aspectos e questões nós devemos discutir e quais os riscos que enfrentaremos se deixarmos de fazer tudo certo?
Precisamos falar sobre questões como equidade. Quem tem acesso a essas tecnologias? Como podemos ter certeza de que não estamos seguindo modismos perigosos, mesmo aqueles que aparentam fazer sentido para nós? E, o mais importante, o que significa ser um humano? Quando os nazistas fizeram experiências em humanos, nós corretamente consideramos que era um crime de guerra. Precisamos ter muito cuidado para não fazermos experimentos em humanos, mas isso não significa que não podemos fazer mudanças em casos em que nossa genética é problemática. A evolução é um processo cheio de erros. Está sempre gerando mutações, algumas delas são boas e outras ruins. Quando uma criança morre de uma doença genética mortal, ou seja, de diversidade genética, não dizemos: "oh, isso é diversidade genética, portanto não devemos tratar essa criança." Nós fazemos todo o possível para proteger e salvar essa criança. E é isso que temos que fazer: usar essas ferramentas para isso, mas cientes de que são muito poderosas e que não temos que permitir todos os usos concebíveis.
E nós, enquanto sociedade, estamos prontos para tais debates?
Não estamos nem um pouco prontos para nenhum desses debates. Não estávamos prontos e nem debatemos sobre a industrialização. Não estávamos preparados para debater o início da era nuclear. E não estamos prontos para o debate sobre o futuro da revolução genética. É por isso que escrevi o livro, para ajudar a trazer as pessoas para essas conversas. Mas estando prontos ou não, isso está acontecendo. Então, a responsabilidade recai sobre todos nós para dizermos quais são as conversas que precisamos ter e fazer tudo ao nosso alcance para realizar isso. O desafio que enfrentamos é que a ciência está avançando exponencialmente, mas nossa consciência não. Precisamos nos desafiar a entrar nessa conversa, para pensar profundamente e agir a fim de criar um tipo de infraestrutura normativa e regulatória, da qual precisaremos para ter certeza de que essas tecnologias serão usadas com sabedoria e não de forma abusiva.
No Brasil, acaba de entrar em vigor uma lei de proteção de dados digitais (lei nº 13.709/18), mas pelo visto chegaremos a um ponto em que dados biológicos, muito mais sensíveis do que o número do nosso CPF, poderão estar disponíveis. Se mal conseguimos gerenciar os dados digitais, como vamos lidar com o fato de ter tamanha quantidade de dados genéticos disponível?
Essa é realmente uma grande questão. O que a revolução genética nos mostra é que seres humanos são dados. Isso é o que nosso DNA é. E precisamos construir todas essas infraestruturas, porque sabemos que a revolução está acontecendo. Ao olharmos para um nível nacional, existem alguns países, como o Reino Unido, que realmente fizeram um bom trabalho de organização. Há outros que não fizeram um trabalho tão bom. O sistema internacional, incluindo a ONU, está apenas começando.
Você disse antes que chegaremos a um ponto em que teremos que pensar sobre o que significa ser humano. No futuro, o que significará ser humano?
Ser um humano é ser um "alvo móvel". Somos Homo sapiens há apenas 300 mil anos, dos quase 4 milhões de anos em que nossa espécie ancestral existe. Ser humano agora é muito diferente do que vai significar ser humano daqui a 100 mil anos e o que significará ser humano no futuro. Daqui a mil anos seremos muito, muito diferentes do que somos hoje. Portanto, não podemos pensar no que significa ser humano como algo fixo no tempo. É algo que está sempre mudando, nós vamos continuar evoluindo para muitas, muitas outras coisas. Então, o que significa ser humano? Significa fazer parte desse grupo que está em constante mudança e que precisa fazer parte desse processo de descoberta ativa e passiva de para onde estamos indo.
E isso, com engenharia genética ou não, não muda, certo?
A engenharia genética é um grande acelerador. Quer dizer, mudanças que poderiam ter ocorrido ou talvez nunca teriam ocorrido ao longo de milhares ou milhões de anos podem ou talvez poderão ocorrer ao longo de centenas e milhares de anos. Com essas ferramentas, você pode garantir que daqui a 5 mil anos, tanto a nossa espécie, quanto alguns de nós, serão fundamentalmente diferentes do resto dos humanos. Imagino que alguns irão viver no espaço e essas pessoas vão seguir suas próprias trajetórias evolutivas. Se tivermos 10 pessoas geneticamente modificadas começando uma outra colônia em algum outro lugar, essas pessoas serão os humanos fundamentais para todas as novas comunidades. Portanto, qualquer mutação que essas pessoas tenham se tornará a norma, assim como aquele pequeno número de pessoas que deixou a África carregando consigo seus genes se transformou no que somos hoje.
Com a engenharia genética, o sexo para procriação se torna obsoleto, e você dedica um capítulo inteiro do livro para falar sobre o futuro do sexo. Como você enxerga o futuro do sexo e das relações humanas?
Acredito que as relações sexuais são uma forma essencial de conexão entre humanos. Isso não deve acabar, está meio que enfurnado em nós. Ao mesmo tempo, acho que vamos rapidamente nos tornar um mundo onde uma pequena parcela da população usa o sexo como maneira de procriação. Cada vez mais as pessoas vão usar as ferramentas de reprodução assistida, especialmente inseminação artificial e engenharia genética, para produzir crianças com perfis de baixo risco para doenças.
Nos anos em que você trabalhou como conselheiro em questões humanitárias e políticas públicas na Casa Branca, aprendeu que se todos em Washington estão concentrados em uma coisa, podemos ter certeza de que há algo muito mais importante sendo ignorado. Agora, com todo o foco na Covid-19 e na recessão econômica provocada pela pandemia, que outras questões estamos ignorando?
Há algumas muito, muito grandes. As mais óbvias são as mudanças climáticas e a destruição do ecossistema. Mas, de forma ainda mais ampla, o que estamos vendo é o fim da ordem internacional do pós-guerra que durou de 1945 até hoje. Mas não sabemos como é que este novo mundo se parece. E Antonio Gramsci tem uma citação maravilhosa: “A crise consiste precisamente no fato de que o velho está morrendo e o novo não pode nascer; nesse interregno, uma grande variedade de sintomas mórbidos aparecem”. Portanto, acho que é muito provável que estejamos entrando em um período de grande instabilidade, porque os Estados Unidos não está mais disposto ou não é mais capaz de desempenhar o papel que antes desempenhava. E o mundo não tem um novo sistema operacional que possa uni-lo. Esse sistema operacional global deve ter mútuas responsabilidades de interdependência. Porque se o vírus nos ensinou alguma coisa, é que estamos todos conectados e que nosso destino, saúde e bem-estar estão conectados a todas as outras pessoas e ao nosso planeta. Se não começarmos a tomar decisões com base nesse entendimento, iremos competir até a extinção. E o planeta talvez continue, pois algum outro organismo, alguma outra espécie tomará nosso lugar. Mas se não quisermos isso, e acho que não devemos querer isso, e se você ama os humanos tanto quanto eu, então precisa pensar: bem, como é uma estrutura que pode permitir que nossa espécie sobreviva e prospere em harmonia entre si e com todas as outras criaturas de nosso planeta?
Quais são os limites da engenharia genética? Chegaremos a um ponto em que ela eventualmente nos previna de enfrentar outra pandemia ou novas doenças?
Existem poucos limites finais para a engenharia genética. O limite da engenharia genética é apenas o limite da biologia. Mas toda a biologia é um "alvo móvel". Algumas das coisas mais simples, como criar humanos resistentes a vírus, parecem bastante realizáveis. Nos primeiros estágios da revolução genética, havia muito mais coisas que não entendíamos do que as que entendíamos. Agora, entenderemos cada vez mais, e isso nos dará uma capacidade cada vez maior de intervir.
Não é um pouco irônico que estejamos fazendo avanços tão enormes nesse sentido, sendo capazes de mudar nosso código genético, mas ao mesmo tempo lutando com algo tão pequeno e minúsculo quanto o coronavírus e nossa incapacidade de inventar a vacina ou uma maneira de fazer as pessoas pararem de morrer por causa dele?
Sim. Costumávamos escrever que precisamos ser humildes diante do quanto não sabemos. Temos todas essas ferramentas que talvez nos permitam conseguir uma vacina muito mais rápido. Mas há muita coisa que não sabemos e há também coisas que podemos imaginar que talvez nunca sejam realizadas. O que sabemos é que, em nossa capacidade de engenharia, a biologia está crescendo exponencialmente, e essa taxa só aumentará com o tempo. Mesmo que não entendamos totalmente o que estamos mudando, sabemos que temos essa tremenda capacidade de mudar as coisas. Em última análise, é uma questão de sabedoria: conseguiremos usar esses poderes de forma sábia?
Evolução é uma das partes mais importantes da Biologia. Segundo Stephen Jay Gould, “de todos os conceitos fundamentais nas ciências da vida, a evolução é o mais importante e também o mais mal compreendido”. É através do estudo dessa área que conseguimos entender como as formas de vida encontradas na Terra atualmente estão aqui e que processos elas sofreram durante o tempo, fornecendo-nos, assim, a história da vida no planeta.
A evolução biológica pode ser definida como as modificações nos organismos através do tempo. Segundo essa teoria, todos os organismos apresentam um ancestral comum e todas as espécies hoje existentes são resultados de contínuos processos de mudanças. Admite-se, portanto, que todas as espécies não são fixas e estão em constante modificação.
Dentre as pioneiras e mais conhecidas ideias evolucionistas, destacaram-se as propostas por Lamarck e Darwin. A teoria de Lamarck baseava-se em dois pontos principais: a transmissão dos caracteres adquiridos e a lei do uso e desuso. Segundo esse naturalista, estruturas utilizadas com frequência desenvolvem-se e aquelas que não são utilizadas atrofiam-se. O pesquisador também afirmava que aquelas características adquiridas durante a vida eram passadas para os descendentes. Esse foi o ponto principal para a queda de sua hipótese.
Darwin, por sua vez, propôs uma teoria em que a base era a ancestralidade comum e a seleção natural. Segundo Darwin, os organismos mais aptos a viver em um determinado ambiente sobrevivem e, com isso, têm mais chances de reproduzir-se e transmitir suas características aos seus descendentes. Sendo assim, o ambiente seleciona o mais adaptado.
Por que a imagem mais famosa da evolução humana está errada
Concepções equivocadas da teoria da evolução, de Charles Darwin, tornaram a "Marcha do Progresso" uma das representações mais mal-interpretadas da ciência
Publicada pela primeira vez em 1965, não é exagero dizer que a "Marcha do Progresso", que você vê acima, é uma das representações mais mal-interpretadas de todos os tempos. Muito disso se dá por concepções concepções erradas sobre a teoria da evolução desenvolvida pelo biólogo britânico Charles Darwin.
Para começar, o verdadeiro nome da ilustração é Estrada até o Homo Sapiens e sua versão original conta com 15 integrantes, não apenas seis. A imagem foi criada pelo artista russo Rudolph Zallinger para ilustrar as ideias do antropólogo norte-americano Francis Clark Howell em um dos 25 volumes da coleção literária Life Nature Library.
Na obra, Howell não usa a imagem com intuito de mostrar que os seres humanos evoluíram a partir de macacos e nem queria colocar o Homo sapiens como "a versão final" de uma longa linha evolucionária. Ao contrário: no texto do livro, o antropólogo evidencia sua crença de que as espécies compõem uma "árvore da vida".
Além disso, em sua versão original, a ilustração é apresentada com explicações adicionais sobre cada um de seus integrantes, o que facilita sua interpretação correta. Nessas anotações, inclusive, Howell explica que alguns primatas ali ilustrados nem mesmo estão na linhagem direta de antepassados dos Homo Sapiens.
Com o passar do tempo, entretanto, a imagem começou a ser lida de maneira incorreta. É comum vermos ela sendo utilizada para ilustrar a "transformação" do macaco em humano, passando a ideia de que há uma hierarquia entre os seres vivos na qual alguns organismos são "simples" e outros, "sofisticados". O desenho também dá a impressão de que entre o surgimento de uma espécie e outra há um "salto" evolutivo drástico, ou seja, não há intermediários entre elas.
O principal motivo por trás dessa leitura equivocada é a má compreensão da teoria da evolução de Darwin. Por isso, é essencial entender alguns pontos sobre a seleção natural proposta pelo britânico:
Revendo conceitos
A teoria de Darwin diz que todos os seres vivos têm um ancestral em comum que passou por pequenas mudanças (hoje conhecidas como mutações genéticas). Quando essa alteração era favorável para a sobrevivência do organismo em seu meio, aumentava suas chances de sobreviver e gerar descendentes. Já quando era desfavorável, o ser vivo tinha maior probabilidade de morrer antes de ter filhos, impedido que a mutação fosse passada para outros.
Esse processo ocorreu milhares de vezes por milhões de anos e levou à aparição de inúmeras espécies. As mais adaptadas ao ambiente sobreviveram, geraram descendentes e passaram suas mutações adiante. As menos adaptadas tiveram pouca ou nenhuma prole e foram extintas.
Tendo tudo isso em mente, fica mais fácil entender por que a ideia de "Marcha" está errada. Em primeiro lugar, não existem "saltos" drásticos entre espécies como sugere a imagem: centenas, ou talvez milhares, de pequenas mutações são necessárias durante muitas gerações para que surja uma nova espécie.
Outro erro é a ideia de que a natureza é organizada de forma hierárquica: ela funciona de maneira eficiente e, muitas vezes, a eficiência é sinônimo de "simplicidade", pois aumenta as chances de sobrevivência. Sendo assim, nenhuma espécie é mais "sofisticada" que a outra — todos os seres vivos que prosperam estão no topo de suas linhagens, pois são capazes de sobreviver e gerar descendentes.
Por fim, a ideia de linearidade da "Marcha do Progresso" é muito simplista. Como o próprio Darwin explicou em seus livros, para representar a evolução de uma espécie é preciso considerar as longas linhagens de ancestrais, cujas mudanças passaram por gerações e garantiram sua sobrevivência e reprodução.
Um dos modelos mais utilizados hoje é a chamada árvore filogenética, na qual cada bifurcação representa um ancestral comum entre duas ou mais espécies e cada extremidade mostra a última espécie proveniente na linhagem analisada.
Mutação é uma alteração, natural ou induzida por algum agente mutagênico, que ocorre no genoma (material genético do organismo ou vírus). Ela pode ocorrer tanto em células somáticas como em células germinativas, podendo, assim, ser herdada.
As mutações são as principais fontes de variabilidade genética, influenciando diretamente o processo de evolução dos seres vivos. Podem ser classificadas de acordo com o lugar onde ocorrem e efeitos causados.
Leia também: O que são alterações cromossômicas estruturais?
O que é mutação?
Mutação é uma alteração que ocorre no material genético dos indivíduos. Podem originar-se de forma natural, durante os processos de mitose, meiose ou síntese proteica, ou ser decorrente da ação de algum agente mutagênico. Também podem ocorrer em três níveis:
1. Molecular: pode também ser chamada de mutação genética ou pontual, afeta um nucleotídeo ou um grupo de nucleotídeos do DNA;
2. Cromossômica: ocorre em mais de um gene, afetando, assim, a estrutura do cromossomo;
3. Genômica: altera o conjunto do genoma, podendo afetar o número total de cromossomos ou os cromossomos presentes nos pares de forma individual. Esse tipo de mutação é responsável por causar algumas síndromes, como a síndrome de Down.
Leia também: Doenças genéticas: causas, tipos, exemplos
Como ocorrem as mutações?
Como dito, as mutações surgem de forma natural ou podem ser induzidas por agentes mutagênicos, isto é, substâncias químicas ou de natureza física que podem induzir as mutações, como os raios ultravioleta e raios X, bebidas alcoólicas, substâncias derivadas do tabaco, bem como alguns medicamentos.
As mutações ocorrem em virtude de alterações que surgem nos nucleotídeos do DNA, podendo ocorrer por meio de alterações químicas nas bases nitrogenadas, erros na incorporação de nucleotídeos (inserção de uma base nitrogenada no lugar de outra), adição ou deleção de bases nitrogenadas, alterações na estrutura e no número de cromossomos, entre outros fatores.
Muitas vezes, algumas dessas alterações que surgem são corrigidas antes da replicação do DNA. Quando isso não ocorre, surge uma nova molécula com a alteração, e ela pode reproduzir-se, perpetuando a mutação.
As mutações podem ocorrer em células somáticas ou germinativas. Quando surgem nas células somáticas (células do corpo, exceto as reprodutivas), elas geralmente não são herdáveis, podendo causar problemas como o desenvolvimento de tumores, envelhecimento precoce, malformações (quando ocorre no período embrionário), entre outros.
Quando ocorrem em células germinativas (células que originam os gametas), essas mutações são passadas aos descendentes, podendo causar diversas desordens genéticas, o surgimento de síndromes, malformações e aborto.
Tipos de mutações
As mutações podem ser classificadas de diferentes maneiras. Anteriormente, destacamos a sua classificação conforme o local onde ocorrem. Agora apresentamos alguns tipos de mutações conforme o efeito que elas causam:
Mutação silenciosa: é um tipo de mutação molecular cuja mudança no nucleotídeo do DNA não altera o aminoácido sintetizado.
Mutação com alteração ou perda de sentido: é também um tipo de mutação molecular, no entanto, a mudança no nucleotídeo causa uma alteração que leva à síntese de um aminoácido diferente do esperado.
Mutação sem sentido (nonsense): mutação molecular cuja alteração no nucleotídeo causa o surgimento de um códon (sequência de três bases nitrogenadas) de término, indicando o fim da cadeia de aminoácidos. Assim, a proteína que está sendo sintetizada é cortada prematuramente.
Mutação frameshift: a inserção ou deleção de bases nitrogenadas altera a sequência de códons, o que gera uma sequência diferente de aminoácidos ou, até mesmo, um códon de término.
Duplicação: mutação cromossômica na qual surgem cópias de determinado trecho do cromossomo, podendo alterar a sequência de códons. Geralmente está relacionada com a perda desse trecho (deleção) no cromossomo homólogo.
Deleção: perda de um segmento de cromossomos, seja na extremidade, seja em seu interior. Esse tipo de mutação cromossômica também pode ocasionar mudança na sequência de códons.
Acesse também: Aberrações cromossômicas numéricas: euploidia e aneuploidia
Importância das mutações
As mutações, muitas vezes, são relacionadas a algo ruim, principalmente por estarem ligadas ao surgimento de alguns tipos de tumores e síndromes. Entretanto, as mutações podem criar novos alelos e novos genes, contribuindo para uma maior variabilidade genética.
A variabilidade genética amplia a capacidade das populações de lidarem com mudanças ambientais e está sujeita à seleção natural, que eliminará ou preservará um determinado fenótipo (conjunto de características observáveis em um organismos) gerado por um determinado genótipo, sendo um fator essencial no processo evolutivo.
Geralmente, quando a mutação faz surgir uma característica que confere uma determinada vantagem ao indivíduo, ela é preservada. O genótipo das espécies é fruto de mutações vantajosas, que foram preservadas ao longo do tempo pela seleção natural.
“O sexo de neandertais com outras espécies demonstra que eram muito mais sociáveis do que nós”
O cientista sueco alerta que modificar geneticamente embriões pode acabar criando uma nova espécie
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Os neandertais mantiveram relações com os Homo sapiens. Não só sociais, mas também sexuais. Sabemos disso porque o biólogo sueco Svante Pääbo (Estocolmo, 1955) sequenciou o genoma dos restos de uma menina encontrados nos montes Altai, na Sibéria, e demonstrou que era filha de mãe neandertal e pai sapiens. Segundo Pääbo, essa combinação confirma que nossos ancestrais eram muito mais sociáveis do que nós. “Dois seres que eram muito mais diferentes entre si do que nós em relação a qualquer outro humano mantiveram relações sexuais e tiveram filhos. Isso descreve com perfeição quão diferentes eram dos humanos atuais”, afirma.
Além disso, para o cientista, que proferiu uma palestra em um evento em Alicante, convidado pelo Instituto de Neurociências UMH-CSIC, determinar com exatidão se sapiens e neandertais eram espécies diferentes é irrelevante. O que conta é que parte de nosso código genético guarda traços de nossos ancestrais imediatos. “A influência neandertal pode ser vista em todo o nosso genoma”, afirma Pääbo. Continuamente aparecem estudos científicos que concordam sobre a herança neandertal dos genes relacionados a “diabetes, doenças de pele ou do sistema imune ou com abortos espontâneos”. Também deles vem a “resistência às doenças procedentes da bactéria Helicobacter pylori”, que afeta o estômago.
No entanto, deixaram menos traços justamente em toda a parte genética que afeta os testículos. “Isso pode indicar algum aspecto negativo na reprodução”, afirma Pääbo, o que explicaria a prevalência do sapiens em relação a seu antecessor, entre outros fatores. “Talvez só as fêmeas tenham sobrevivido”, arrisca o diretor do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva de Leipzig (Alemanha), “e sabemos que morriam muito mais jovens e que sua vida reprodutiva era mais curta”. Apesar disso, a capacidade tecnológica do humano moderno parece ser muito mais determinante. “A tecnologia dos neandertais é homogênea, igual na Espanha e na Sibéria”, explica, “mas os sapiens souberam evoluir muito rapidamente e é possível saber a procedência de um resto só por seu grau de avanço tecnológico”.
Pääbo é considerado o pai da paleogenética e recebeu no ano passado o Prêmio Princesa de Astúrias de Pesquisa Científica e Técnica por suas descobertas. Entre outros, os realizados com o material que vai aflorando no sítio de Atapuerca, em Burgos (Espanha). Em suas mãos está a raiz de nossa árvore genealógica. Nosso antepassado mais antigo, de cerca de 430.000 anos. Pääbo acredita que este ano consiga decifrar “os 10% do genoma do homem de Sima de los Huesos”. “Mas não estamos seguros de conseguir”, acrescenta.
O biólogo escandinavo acredita que “estamos apenas no início” da revolução científica que nasce do genoma. Mas, ao mesmo tempo, admite que gerou-se certa comoção midiática em torno do DNA – DNA para decifrar nosso passado, para descobrir criminosos, para compreender até o último canto do planeta, como panaceia para todos os males. “A genética contém uma parte importante de nossa história”, destaca, “mas não toda a informação que reunimos como espécie”. “Se vou à Grécia, me impacta estar no berço da civilização ocidental, da democracia, da arquitetura”, exemplifica, “mas nem um de meus genes sequer tem algo a ver com a Grécia”. Pääbo insiste em reduzir a pressão sobre sua especialidade. “O DNA encontrado na cena de um crime pode indicar quem é o assassino, mas no estudo genético dessa mesma pessoa nada vai indicar que possa ser um assassino.”
O biólogo também adverte que convém delimitar os usos do conhecimento do código genético. E se refere ao caso de He Jiankui, o cientista chinês que anunciou o nascimento dos primeiros bebês modificados geneticamente. “O consenso geral na comunidade científica é que não se pode manipular o DNA na linha germinal”, ou seja, na fase de gestação embrionária. Os perigos são desconhecidos, mas “a gestação de um filho modificado geneticamente poderia criar inclusive uma nova espécie”, pois “não sabemos que repercussões a introdução de uma mudança em um único gene pode causar no genoma”. Em sua opinião, as novas técnicas genômicas devem ser dedicadas exclusivamente “a usos terapêuticos, para curar doenças”.
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Um estudo recente indica que pode haver um pouco mais de neandertal no Homo sapiens moderno do que se pensava até agora. Um trabalho coordenado por pesquisadores do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, de Leipzig, na Alemanha, estima que a porcentagem de DNA desse hominídeo, extinto entre 30 mil e 40 mil anos atrás, presente nas populações humanas atuais de origem não africana varia entre 1,8% e 2,6% (Science, 5 de outubro). As populações da Austrália e Oceania, seguidas dos asiáticos e europeus, são as que mais apresentam material genético de origem neandertal (ver mapa). Dados anteriores sugeriam que a contribuição dos neandertais, espécie mais próxima do ponto de vista evolutivo do H. sapiens, no DNA humano flutuava entre 1,5% e 2,1%. Na Europa, as duas espécies podem ter coexistido por alguns milhares de anos e houve cruzamentos sexuais entre elas. A nova comparação tomou como base um sequenciamento de alta qualidade do genoma completo de uma fêmea neandertal que viveu há cerca de 55 mil anos. Um fragmento de osso da mulher neandertal foi encontrado na caverna Vindija, na Croácia, a partir do qual foi possível extrair uma amostra de DNA. Também foram levados em conta nas análises outros DNAs sequenciados de neandertais, de hominídeos de Denisova (outra espécie extinta) e dos humanos modernos de diferentes partes do globo. Segundo o estudo, há indícios no DNA dos neandertais de que eles receberam material genético dos humanos entre 130 mil e 145 mil anos atrás. Outro achado do trabalho foi ter encontrado nas populações atuais de seres humanos variações de genes de origem neandertal que estão ligadas a aspectos da saúde: níveis de colesterol e de vitamina D no plasma, distúrbios alimentares, acúmulo de gordura visceral, artrite reumatoide, resposta a drogas psicotrópicas e até esquizofrenia.
RepublicarIndonésia foi o último lugar onde Homo erectus viveu antes da extinção
Há 100 mil anos, espécie de hominídeo estava na região enquanto outros antepassados do Homo sapiens já habitavam diferentes partes do mundo
Fósseis de Homo erectus encontrados em Java, na Indonésia, indicam que a região foi a última morada desses antepassados. Crânios analisados têm entre 108 mil e 117 mil anos de idade, o que torna as ossadas as mais "jovens" já descobertas da espécie, segundo estudo publicado na revista Nature.
O Homo erectus é a primeira espécie humana conhecida a evoluir as proporções modernas do corpo, incluindo braços curtos e pernas mais longas, características que indicam um caminhar ereto. Essa é a espécie mais próxima do Homo sapiens a deixar a África e se espalhar pelo mundo.
"Quando o Homo erectus morava em Ngandong [Java], o Homo sapiens já havia evoluído na África, os neandertais estavam evoluindo na Europa e o Homo heidelbergensis estava evoluindo na África", disse o coautor do estudo Russell Ciochon, ao Smithsonian. "Basicamente, o Homo erectus é o ancestral de todos esses hominídeos posteriores."
As ossadas foram desenterradas perto das margens do Rio Solo no início dos anos 1930 por pesquisadores holandeses que avistaram um antigo crânio de rinoceronte saindo de sedimentos à beira do rio. Quando escavaram a região, eles encontraram, dentre outros itens, os crânios de Homo erectus.
Mas foi só recentemente, com o desenvolvimento da tecnologia, que especialistas puderam investigar melhor os achados. Há dez anos, a equipe de Ciochon resolveu investigá-los.
A erosão do rio e a constante presença da água dificultaram o trabalho. Ainda assim, os especialistas conseguiram explorar a região e calcularam a idade da região geológica, o que os permitiu deduzir a idade dos ossos. “Nunca podemos ter certeza de que encontramos o primeiro ou o último representante de qualquer espécie”, explicou a pesquisadora Aida Gómez-Robles à Science. “[Mas] uma data da última aparição de aproximadamente 100 mil anos atrás para H. erectus parece razoável."
Na pesquisa, os arqueólogos sugerem que os Homo erectus morreram no rio e seus corpos foram levados pela água. Assim, os cadáveres se misturaram com a lama e afundaram na terra, permanecendo lá até a década de 1930.
A maior parte dos equeletos foi perdida, mas os crânios estudados foram suficientes para trazer novas informações à história da espécie. Patrick Roberts, especialista que não fez parte do estudo, considera que a datação sustenta que o H. erectus estava em Java no mesmo período em que o Hominídeo de Denisova – espécie descoberta na Sibéria.
Ele pondera que mais estudos são necessários, pois as evidências são poucas. "De qualquer forma, o sudeste da Ásia é claramente agora um dos lugares mais emocionantes para se trabalhar nas origens humanas", disse Roberts à Science.
A história do surgimento do homem moderno e o início da humanidade já é algo bastante complicado, mas cientistas brasileiros fizeram uma descoberta que pode mudar para sempre tudo o que já sabíamos sobre ela.
Isso porque pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) escavaram o vale do rio Zarqa (na Jordânia) e encontraram centenas de ferramentas de pedra lascada, produzidas por mãos humanas, que possuem entre 1,9 e 2,5 milhões de anos de idade.
O “problema” é que, de acordo com a teoria vigente para o início da humanidade, é que o primeiro homo (linhagem que deu origem aos seres humanos modernos) que deixou a África e se espalhou por outras regiões do globo foi o Homo erectus, e essa dispersão aconteceu entre 1,8 e 2 milhões de anos atrás. Assim, com a descoberta das ferramentas na Jordânia, a ideia agora é que essa dispersão já havia começado há pelo menos meio milhão de anos antes.
A nova narrativa para a evolução humana foi apresentada no Instituto de Estudos Avançados (IEA) da USP e, ainda que o trabalho não chegue a cravar quem foi o responsável por essa dispersão anterior ao Homo erectus, o pesquisador Walter Neves (professor aposentado do Instituto de Biociências da USP e pesquisador do IEA) tem convicção de que o responsável por criar aquelas ferramentas encontradas na Jordânia foi o Homo habilis. Para Neves, ele é o principal e único suspeito, pois era a única espécie que já vagava pela África há 2,5 milhões de anos.
Os pesquisadores garantem que não há dúvidas sobre a idade dos artefatos e nem do fato de eles terem sido produzidos por ancestrais humanos, já que há evidências muito claras de lascamento intencional. As peças encontradas são em sua maioria núcleos e lascas de pedra, que os ancestrais mais primitivos do gênero homo usavam para quebrar objetos e cortar peles dos animais dos quais se alimentavam. Neves ainda explica que não foram encontrados fósseis porque a região escavada possui características que acabam não conservando bem os ossos, mas a quantidade de ferramentas encontradas deixa claro que diversos hominídeos viveram naquela região muito antes do que a evolução humana considerava possível.
Um dos maiores especialistas brasileiros em evolução humana e considerado como “pai da Luzia” por conta de seu trabalho com o fóssil mineiro que virou o símbolo do povoamento das Américas, Neves acredita que as ferramentas encontradas foram produzidas por uma população de Homo habilis recém-saída da África e que se dirigia à região do Cáucaso. Isso porque é naquela região que o Homo habilis daria origem ao Homo erectus, uma espécie maior e mais inteligente de hominídeo, que é considerada a precursora do homem moderno (cientificamente conhecido como Homo sapiens).
Isso explicaria também os famosos fósseis Dmanisi, na República da Geórgia, que possuíam uma grande variedade morfológica e datavam de 1,8 milhões de anos atrás. Para Neves, esses fósseis seriam um exemplo da forma transitória entre o Homo habilis e o Homo erectus, o que explicaria porque os fósseis encontrados possuem características de ambos.
Os crânios de Dmanisi são o foco de um enorme discussão científica que tenta explicar o que eles seriam, e muito pesquisadores chegaram até a defender que o Homo habilis e o Homo erectus não seriam espécies diferentes de hominídeos, mas variações de uma mesma linhagem que possui diferenças anatômicas entre si, como acontece com os chimpanzés. Neves acredita que a descoberta da Jordânia e os resultados da pesquisa brasileira irão encerrar de vez essa discussão, pois mostram que a variação existente nos crânios de Dmanisi é exatamente o tipo de coisa que se espera de uma espécie transitória. Assim, o Homo erectus não teria surgido na África, mas evoluído primeiramente na região do Cáucaso e só então migrado para a África, onde as ossadas encontradas datam de 1,8 milhões de anos atrás.
A saída do Homo habilis da África também ajudaria a explicar a descoberta recente de artefatos de pedra lascada em Shangchen, no leste da China, datadas de 2,1 milhões de anos atrás — ou seja, bem anteriores ao Homo erectus. Neves também acredita que essas ferramentas encontradas no país asiático foram produzidas pelo Homo habilis, o que tornaria a espécie não apenas a primeira a sair da África, mas também a primeira a ocupar a Eurásia.
Assim, Neves é um dos primeiros pesquisadores a defender que o “grande desbravador” da história da evolução humana não foi o Homo erectus, mas sim o Homo habilis. Apesar de ser bem menor do que o Homo erectus tanto em estatura (1,20 m contra 1,75 m) quanto em volume cerebral (650 cm³ contra 850 cm³), o Homo habilis já era bípede e perfeitamente capaz de andar longas distâncias — algo que os artefatos encontrados na Jordânia e na China parecem comprovar.
Além de Neves, o trabalho também é assinado por outros seis pesquisadores: Fábio Parenti, arqueólogo do Departamento de Antropologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Giancarlo Scardia, da Universidade Estadual Paulista (UNESP - Rio Claro), Astolfo Araújo, geoarqueólogo do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, Axel Gerdes, do Centro de Pesquisa de Elementos e Isótopos da Universidade Goethe de Frankfurt (Alemanha) e Daniel Miggins, do Laboratório de Geocronologia Argônica da Universidade do Estado do Oregon (Estados Unidos). O estudo foi publicado no último sábado (6) na revista Quaterly Science Reviews.
O lugar de publicação pode parecer meio estranho, já que normalmente estudos dessa importância — que podem mudar toda a narrativa sobre a evolução do ser humano — costumam ser publicados em revistas de maior impacto, como a Nature ou a Science. Mas Neves explica que nenhuma das duas publicações quis saber do que se tratava o estudo por conta de ter sido uma descoberta brasileira.
Neves afirma que ainda há muito preconceito no mundo acadêmico da paleoantropologia e que a comunidade científica internacional não acredita que existam pesquisadores sérios e inteligentes em qualquer outra universidade que não esteja nos Estados Unidos ou na Europa. Assim, além das maiores publicações do mundo não terem mostrado interesse em publicar o estudo, o pesquisador sabe que as descobertas brasileiras serão vistas com muito ceticismo pela comunidade acadêmica internacional, pois haverá um movimento muito forte de não aceitação das descobertas pelo fato de elas terem sido feitas por pesquisadores brasileiros.
Mas Neves ainda conta que sempre teve um único objetivo em mente: não se aposentar sem antes colocar o Brasil no “mapa” dos estudos da paleoantropologia mundial. E, ao fazer com o que provavelmente será o seu último grande projeto de pesquisa seja algo que prove que todo mundo estava errado não apenas em seu preconceito, mas também em sua narrativa de como se deu a evolução humana, será a versão mais próxima que teremos no mundo acadêmico de alguém indo embora chutando a porta e mostrando os dois dedos do meio em riste para todo mundo.
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EXTINÇÃO DOS DINOSSAUROS
ANIMAIS
Ainda não se sabe com exatidão como ocorreu a extinção dos dinossauros e de muitas outras espécies de seres vivos que viviam na superfície terrestre na época.
Entre 208 e 144 milhões de anos atrás, os dinossauros habitaram a superfície terrestre e se tornaram um grupo dominante nos ambientes de terra firme. Muitos desses animais eram herbívoros, mas havia algumas espécies carnívoras que se alimentavam de anfíbios, insetos e até mesmo de outros dinossauros.
No final do período Cretáceo ocorreu a extinção dos dinossauros e de diversas outras espécies de animais e plantas. Existem muitas teorias sobre essa extinção em massa de organismos vivos, e uma delas é a de que certos movimentos sofridos pelos continentes provocaram mudanças nas correntes marítimas e também no clima do planeta. Isso fez a temperatura baixar, o que causou invernos mais rigorosos, consequentemente levando ao desaparecimento dos seres vivos que habitavam a Terra.
Outra teoria sobre a extinção dos dinossauros, e a que é mais aceita pela comunidade científica, é a de que um asteroide com aproximadamente 10 km de diâmetro tenha atingido a superfície da Terra, gerando uma explosão semelhante a 100 trilhões de toneladas de TNT.
Em 1990 essa teoria foi reforçada depois que um grupo de cientistas encontrou, no México, uma cratera com aproximadamente 180 km de diâmetro. Estudos geológicos realizados no local sugerem que essa colisão teria ocorrido há 65 milhões de anos, coincidindo com a época da extinção dos dinossauros. Outro fator muito importante e que dá grande apoio a essa teoria é a descoberta de uma grande concentração de irídio (mineral raro na Terra, mas muito encontrado em meteoritos) em rochas do período Cretáceo.
Muitos estudos realizados sugerem que a extinção dos organismos vivos que habitavam a superfície terrestre não ocorreu pelo impacto do asteroide com a Terra e sim por consequência dos efeitos que esse impacto causou. Uma das consequências foi o incêndio de grandes áreas de floresta, que destruiu habitats, exterminando a base das cadeias alimentares, além de ter provocado uma grande poluição do ar.
A fuligem e a poeira originadas do impacto do asteroide com a Terra cobriram todo o céu, impedindo que a luz solar chegasse à superfície, deixando a Terra fria e escura. Isso fez com que plantas fotossintetizantes morressem, fazendo com que cadeias alimentares inteiras entrassem em colapso, mesmo nas áreas que não foram atingidas pelos incêndios.
Mesmo com o desaparecimento de inúmeras espécies, algumas formas de vida conseguiram sobreviver. Quando encontraram um ambiente com condições adequadas, começaram a se proliferar, originando novos habitats e consequentemente novos nichos ecológicos.
Por Paula Louredo
Graduada em Biologia
EVOLUÇÃO DOS DINOSSAUROS
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Nova teoria: pode não ter sido um asteroide que causou extinção dos dinossauros
Grupo de pesquisadores de Harvard publicou estudo que apresenta nova hipótese para o fenômeno envolvido na extinção dos dinossauros há 66 milhões de anos
Em uma nova teoria publicada na última segunda-feira (15) na Scientific Reports, pesquisadores de Harvard questionam que tenha sido um asteroide o corpo espacial envolvido na extinção dos dinossauros.
Os cientistas defendem que foi, sim, um pedaço de um cometa que caiu na Terra há mais de 66 milhões de anos para criar a cratera Chicxulub
Localizada na Península de Yucatán, no México moderno, essa cratera se estende por cerca de 180 quilômetros. O impacto que criou Chicxulub está ligado ao evento de extinção do Cretáceo-Paleógeno, que matou os dinossauros e muitas outras espécies, de acordo com o estudo.
"Deve ter sido uma bela visão (a queda do cometa), mas a diversão acabou quando a rocha atingiu o solo", disse o co-autor do estudo Abraham Loeb, professor de ciências da Universidade de Harvard.
Loeb teoriza que um pedaço de um cometa foi o culpado pelo evento de extinção em massa, não um asteroide como muitos cientistas defendem. Segundo ele, o cometa se originou da Nuvem de Oort, um grupo de objetos gelados localizados na borda do sistema solar.
Um cometa é um pedaço de lixo espacial feito principalmente de gás congelado, enquanto um asteroide é um pedaço de rocha mais comumente encontrado no Cinturão de Asteroides, uma coleção de asteroides entre Marte e Júpiter, de acordo com o correspondente meteorológico da CNN, Chad Myers.
A probabilidade de um asteroide com um diâmetro de pelo menos 6,2 milhas causar um evento de impacto Chicxulub é de uma em cada 350 milhões de anos, de acordo com o estudo. Os cometas de longo período - cometas com uma órbita de mais de 200 anos - que são capazes do evento Chicxulub são significativamente mais raros, com um ocorrendo a cada 3,8 a 11 bilhões de anos, indicam os cientistas de Harvard.
O caminho provável do cometa
Os pesquisadores oferecem um cenário de como o cometa poderia ter vencido essas probabilidades de longo prazo.
Conforme o corpo espacial viajou da Nuvem de Oort para o centro do sistema solar, a força gravitacional de Júpiter poderia ter dado um impulso para que tivesse velocidade suficiente para chegar ao sol, de acordo com Loeb.
"Júpiter age como uma máquina de pinball", disse Loeb. "Quando algo chega perto disso, pode dar um chute."
Ao chegar ao sol, a força gravitacional do astro poderia ter quebrado o cometa em vários pedaços. Dividido em várias partes, é 10 vezes mais provável que o cometa atingisse a Terra quando os pedaços se afastassem do Sol, de acordo com Loeb.
Outros pesquisadores discordam
Outros pesquisadores não concordaram com as descobertas do novo estudo e ainda dizem que várias pistas apontam para um asteroide criando a cratera Chicxulub.
Uma evidência é o Iridium - junto com um punhado de outros elementos químicos - encontrado espalhado ao redor do planeta após o impacto, disse David Kring, principal cientista do Instituto Lunar e Planetário em Houston, que não esteve envolvido no estudo do cometa.
Kring disse que as proporções desses elementos são as mesmas proporções vistas em amostras de meteoritos de asteroides.
O pedaço do cometa também teria sido pequeno demais para fazer uma cratera desse tamanho, disse Natalia Artemieva, cientista sênior do Instituto de Ciência Planetária, que também não esteve envolvida no estudo.
A pesquisa estimou o tamanho do pedaço do cometa em cerca de 6,4 km de largura, e Artemieva argumentou que o corpo espacial precisaria ter pelo menos 12 km de largura para fazer uma cratera do tamanho de Chicxulub.
Com o pequeno pedaço do cometa, disse ela, "é absolutamente impossível", e o tamanho da cratera do impacto seria pelo menos metade do tamanho.
Kring também observou que a frequência com que um asteroide ou cometa atinge a Terra para criar tal impacto é estatisticamente insignificante.
Não importa se é aproximadamente "uma vez a cada 350 milhões de anos e tivemos um evento há 66 milhões de anos", porque estatisticamente, essa seria a única ocorrência no intervalo de tempo de 350 milhões de anos, disse ele.
Os pesquisadores também têm uma infinidade de amostras de asteroides para estudar em comparação com cometas, disse Kring.
"Não há absolutamente nenhuma evidência que prove que seu modelo está incorreto, mas por outro lado, há muitas evidências que ainda apontam para um asteroide como o causador de impacto mais provável", disse Kring.
Loeb disse que está interessado em procurar por pedaços de cometa remanescentes da separação para verificar sua teoria.
Estudo confirma teoria sobre extinção dos dinossauros
Pesquisa confirma que impacto de asteroide vaporizou minerais contendo enxofre no local do impacto e liberou o gás na atmosfera, onde ele refletiu a luz solar para longe do planeta, causando o resfriamento global que aniquilou 75% da vida no planeta
Quando o asteroide que extinguiu os dinossauros atingiu o planeta, 66 milhões de anos atrás, o impacto provocou incêndios, tsunamis e lançou tanto enxofre na atmosfera que bloqueou o Sol, o que causou o resfriamento global que acabou matando todos os dinossauros.
Essa é a hipótese mais aceita pela ciência para explicar a extinção dos dinossauros. Agora, um novo estudo liderado pela Universidade do Texas em Austin confirmou isso ao encontrar evidências concretas nas rochas que encheram a cratera formada pelo impacto do asteroide nas primeiras 24 horas após a queda, na Península de Yucatán, México.
As evidências incluem pedaços de carvão e amontoados de rochas trazidos pelo refluxo do tsunami. Isso faz parte de um registro geológico que oferece uma visão mais detalhada das consequências da catástrofe que terminou com a Era dos Dinossauros, disse Sean Gulick, professor de pesquisa do Instituto de Geofísica da Universidade do Texas (UTIG) na Jackson School de Geociências. Gulick, que liderou a pesquisa, disse que esse é um registro expandido de eventos que foram recuperados do marco zero.
A maior parte do material que encheu a cratera em poucas horas após o impacto foi produzida no próprio local ou foi arrastada pela água do mar do Golfo do México que voltava para dentro da cratera. Em apenas um dia foram depositados cerca de 130 metros de material – uma taxa que está entre as mais altas já encontradas no registro geológico.
Essa taxa impressionante de acumulação significa que as rochas registram o que estava acontecendo no ambiente dentro e ao redor da cratera nos minutos e horas após o impacto e dão pistas sobre os efeitos mais duradouros do impacto que eliminou 75% da vida no planeta.
Gulick descreveu o evento como um inferno de curta duração no nível regional, seguido por um longo período de resfriamento global. “Os dinossauros foram fritos e, depois, congelados”, disse o pesquisador.
Pesquisadores estimam o poder do asteroide como o equivalente a 10 bilhões de bombas atômicas do tamanho usado na Segunda Guerra Mundial. A explosão incendiou árvores e plantas que estavam a milhares de quilômetros de distância e provocou um tsunami maciço que atingiu o interior de Illinois, nos EUA.
Dentro da cratera, os pesquisadores encontraram carvão e um biomarcador químico associado aos fungos do solo dentro ou logo acima das camadas de areia que mostram sinais de serem depositados pelo ressurgimento das águas. Isso sugere que a paisagem carbonizada foi puxada para dentro da cratera com as águas que caíram do tsunami.
“Foi um dia importante na história da vida, e esta é uma documentação muito clara do que aconteceu no marco zero”, disse Jay Melosh, professor da Universidade Purdue e especialista em crateras de impacto. Ele afirmou que encontrar evidências para incêndios florestais ajuda os cientistas a saber que sua compreensão do impacto do asteroide está no caminho certo.
No entanto, uma das conclusões mais importantes da pesquisa é o que estava faltando nas amostras principais. A área ao redor da cratera de impacto está cheia de rochas ricas em enxofre. Mas não havia enxofre no núcleo.
Essa descoberta sustenta uma teoria de que o impacto do asteroide vaporizou os minerais contendo enxofre presentes no local do impacto e o liberou na atmosfera, onde causou estragos no clima da Terra, refletindo a luz solar longe do planeta e causando resfriamento global. Os pesquisadores estimam que pelo menos 325 bilhões de toneladas seriam liberadas pelo impacto. Para colocar isso em perspectiva, são cerca de quatro ordens de magnitude maiores que o enxofre que foi expelido durante a erupção de Krakatoa em 1883 – que esfriou o clima da Terra em uma média de 2,2 graus Fahrenheit por cinco anos.
Embora o impacto do asteroide tenha criado destruição em massa no nível regional, foi essa mudança climática global que causou uma extinção em massa, matando os dinossauros junto com a maioria das outras vidas do planeta na época.
“O verdadeiro assassino foi atmosférico”, disse Gulick. “A única maneira de obter uma extinção em massa global como essa é um efeito atmosférico”, completa.
A pesquisa foi publicada na revista “Proceedings da National Academy of Sciences” em 9 de setembro e baseia-se em trabalhos anteriores co-liderados e liderados pela Jackson School que descreviam como a cratera se formou e como a vida se recuperou rapidamente no local do impacto. Uma equipe internacional de mais de duas dúzias de cientistas contribuiu para este estudo.
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O que é que matou os dinossauros: novas ideias sobre o massacre
O asteróide que bateu contra a Terra há 66 milhões de anos atrás foi um dos fatores contribuintes, mas não o único culpado na extinção dos dinossauros.
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11 fevereiro 2013
Novas perspetivas sobre o asteroide que se pensa ter morto os dinossauros sugerem que isso pode ter sido apenas o golpe final e que os répteis já estavam a sofrer de um clima fastidioso solicitado por erupções vulcânicas muito antes do meteorito os atingir.
"O impacto [do asteroide] foi o golpe de misericórdia", disse Paul Renne, geólogo da Universidade da Califórnia, Berkeley, num comunicado.
A pesquisa, detalhada a 8 de fevereiro num artigo da revista Science, acrescenta ao debate científico em curso sobre o que realmente matou os dinossauros.
Esse debate, que já girava em torno da questão de saber se o culpado foi um asteroide ou as mudanças climáticas induzidas pelo vulcão, evoluiu para considerar a possibilidade de que talvez estivessem envolvidos múltiplos fatores ambientais.
Renne e a sua equipa determinaram recentemente a data mais precisa para o asteroide, que ocorreu na Península de Yucatán no que é hoje o México.
Usando uma técnica de datação de alta precisão em tektites - rochas do tamanho de pedras formadas durante o impacto do meteorito - do Haiti que foram criadas durante o evento, a equipa concluiu que o impacto ocorreu há 66.038.000 anos atrás - um pouco mais tarde do que se pensava.
Quando os limites de erro são tomados em consideração, a nova data é a mesma que a data da extinção, segundo constata a equipa, fazendo com que os eventos sejam simultâneos.
Renee disse que as novas descobertas devem fazer esquecer quaisquer dúvidas restantes sobre se um asteroide foi o fator principal no desaparecimento dos dinossauros.
"Já mostrámos que estes eventos são síncronos até ao mais pequeno detalhe", disse ele," e, portanto, o impacto desempenhou claramente um papel importante na extinção."
Isso não quer dizer, contudo, que o asteroide - que esculpiu a chamada cratera de Chicxulub - foi a única causa da extinção dos dinossauros.
As provas sugerem agora que as erupções vulcânicas maciças na Índia que antecederam o asteroide também desempenharam um papel, desencadeando mudanças climáticas que já estavam a eliminar alguns grupos de dinossauros.
Por exemplo, "ninguém nunca encontrou um fóssil de dinossauro não-aviário exatamente na camada de impacto", disse Renne num email. "Assim, estritamente falando, os dinossauros não-aviários" - os dinossauros não relacionados às aves - "podiam já ter sido extintos no momento do impacto."
Morte Vinda dos Céus
A ideia de que o vulcanismo foi responsável pelo desaparecimento dos dinossauros, na verdade, antecede a teoria do impacto, e que se encaixa bem com o que se sabe sobre outros eventos de extinção em massa da Terra.
"Muitas das outras extinções em massa foram encontradas para concorrer com erupções vulcânicas de grande escala", disse Heiko Palike, um Paleoceanográfico da Universidade de Bremen, na Alemanha.
Mas na década de 1980, a equipa de pai e filho, Luis e Walter Alvarez, físico e cientista planetário, respetivamente, apresentaram uma nova teoria audaz.
Depois de descobrir que uma camada de argila que é encontrada em todo o mundo e que coincide com o fim do período Cretáceo é enriquecida em irídio - um elemento raro na Terra, mas comum em rochas espaciais - propuseram que um meteorito dizimou os dinossauros.
"À medida que a teoria do impacto assumiu o poder, especialmente com os cientistas mais físicos ... o vulcanismo perdeu terreno", explicou Renne.
A teoria do impacto ganhou novo impulso na década de 1990, quando os cientistas descobriram uma cratera de largo impacto a 110 milhas (180 quilómetros) na Península de Yucatán, que datava ao limite entre os períodos Cretáceo e Terciário - o chamado limite KT - quando os dinossauros desapareceram.
O tamanho da cratera indicava que o que quer que seja que a tivesse criado tinha cerca de 6 milhas (10 quilómetros) de diâmetro. Se um asteroide desse tamanho colidisse com a Terra teria tido consequências devastadoras, incluindo ondas destrutivas de pressão, incêndios globais, tsunamis e uma "chuva" de rocha fundida a reentrar na atmosfera.
Além disso, "muito material em partículas adicional teria ficado à tona na atmosfera por semanas, meses, talvez anos, bloqueando a radiação solar incidente e matando, assim, a vida vegetal e causando quedas catastróficas em temperaturas", explicou Hans-Dieter Sues, paleontólogo do Museu Smithsoniano Nacional de História Natural, em Washington, DC.
Teoria Híbrida para a Extinção dos Dinossauros
A teoria do vulcanismo uma vez abandonada tem visto um renascimento da sua sorte nos últimos anos, no entanto, como resultado de novas perspetivas sobre um período de sustentada atividade vulcânica antiga na Índia e a descoberta de que a diversidade de dinossauros podia já ter vindo a diminuir antes do asteroide.
O debate agora é "se o impacto de Chicxulub foi a" arma fumegante ", como muitos pesquisadores afirmam," disse Sues, "ou um dos vários fatores causais, como forma de "Murder on the Orient Express”.
Renne pertence ao acampamento que pensa que uma série de erupções vulcânicas na Índia que produziam lava antigos fluxos conhecido como as Armadilhas Deccan causou variações climáticas dramáticas, incluindo ondas de frio longas, que já podem ter abatido os dinossauros antes do asteroide os atingir.
"Parece claro que o vulcanismo por si só, sem uma escala suficientemente maciça e rápida, não possa provocar extinções", disse Renne. "Assim, a minha sugestão é que o impacto provavelmente foi a gota de água, mas não a única causa."
Questões por Responder
No entanto, a nova teoria híbrida ainda tem algumas questões importantes por responder, como por exemplo relativamente às erupções vulcânicas indianas terem afetado os dinossauros.
"Algumas pessoas dizem que se olhar para a erupção do Monte Pinatubo [em 1991], ela congelou a Terra por um curto período de tempo devido ao aerossol e à poeira que foi expulsa", disse Pälike.
Mas "outros dizem que os vulcões a longo prazo provavelmente bombeiam mais dióxido de carbono na atmosfera e realmente aquecem o planeta, pelo menos temporariamente."
Também não está claro como as erupções Deccan Traps foram espalhadas no tempo. "Sabemos que elas começaram há alguns milhões de anos antes do final dos Cretáceos e duraram vários milhões de anos, estendendo-se mesmo para além do [impacto de um asteroide]", disse Palike.
"No entanto, algumas pessoas sugeriram que havia aglomerados de erupções que aconteceram dentro de um intervalo de poucas dezenas de milhares de anos."
Saber o horário das erupções é importante, acrescentou Pälike, porque se elas estivessem a acontecer perto do fim dos Cretáceos, é mais provável que tenham desempenhado um papel na extinção dos dinossauros do que se a maioria das erupções tiver acontecido dois milhões de anos antes.
Pälike pensa que a datação mais precisa das camadas de cinzas vulcânicas na Índia pode ajudar a responder a algumas das perguntas pendentes: "Esse é o próximo passo do quebra-cabeças."
A fixação da causa da extinção dos dinossauros não é apenas de interesse académico, disse Jonathan Bloch, curador associado de paleontologia de vertebrados no Museu Florida de História Natural da Universidade da Flórida.
"É importante para nós compreender como os ecossistemas respondem a grandes perturbações", disse Bloch, "seja uma mudança climática gradual ou um evento catastrófico. Estas são todas as coisas que nós temos que pensar como atuais seres humanos no planeta."
Os gênios também erram: veja as mancadas de Darwin, Einstein e Pauling
Fernando Cymbaluk
Do UOL, em São Paulo
10/06/2017 04h00
Seres humanos cometem erros, mesmo quando são grandes gênios da ciência. Mancadas estão presentes na história das teorias que levaram nomes como Darwin e Einstein à fama. E se não fossem esses “vacilos”, mentes brilhantes poderiam ter antecipado descobertas que viriam só depois.
O físico e matemático Mario Livio, chefe da divisão científica de telescópio espacial Hubble, investigou os erros de gigantes da ciência. Para ele, o que explica os erros dos gênios são as limitações da mente humana.
Na obra “Tolices brilhantes” (editora Record), o autor lembra que é percorrendo caminhos “errantes” que a ciência muitas vezes avança.
O erro de Darwin seria corrigido por Mendel, e o de Einstein alimentou um debate na física com diferentes reviravoltas --além de um “mito” sobre uma suposta frase de Einstein que Livio descobre ser “papo furado”.
Na obra, são explicados detalhadamente os erros de Charles Darwin, William Thomsom (Lord Kelvin), do químico Linus Pauling, do astrofísico Fred Hoyle e de Albert Einstein. Veja abaixo alguns deles.
O erro de Darwin
O criador da teoria da seleção natural e da evolução das espécies poderia ter ido muito além da imensa contribuição que deu para o entendimento da vida na Terra. Charles Darwin chegou a fazer experimentos com ervilhas iguais aos feitos por Gregor Mendel, que desvendou o funcionamento da hereditariedade e é considerado o pai da genética.
Em sua teoria da evolução das espécies, Darwin já estabelecia o princípio de que as características herdadas pelos seres vivos de seus progenitores são selecionadas pelo ambiente. Assim, os mais bem adaptados prevalecem sobre os que enfrentam dificuldades de sobrevivência. Contudo, Darwin foi incapaz de perceber como as características são transmitidas de uma geração para outra.
O cientista britânico se agarrou a teorias erradas, mas que eram dominantes em sua época. Acreditava que a característica do pai e da mãe se misturam nos filhos - da mesma forma que acontece em uma lata de tinta. E seu grande erro foi ter ignorado que o mecanismo de seleção natural que ele mesmo concebeu não podia funcionar sob essa suposição da hereditariedade por mistura.
A teoria da seleção natural de Darwin não teria funcionado sem a explicação de Mendel, que mostrou que as características hereditárias seguem regra de proporção, em que alguns traços são dominantes sobre outros.
O erro de Einstein
O nome que é sinônimo de genialidade especulou erroneamente sobre as forças que mantêm o universo em equilíbrio. Sua fórmula da relatividade geral permitia a previsão de um comportamento acelerado do universo. Einstein, contudo, apostava que o universo era estático, que não se expandia. Por isso, introduziu um fator de correção na fórmula, chamado de “constante cosmológica”.
Segundo Livio, Einstein não gostava desse elemento “intruso” em seus cálculos. Achava que ele violava a simplicidade estética da física. Quando o astrônomo Edwin Hubble provou que o universo de fato se expandia, o físico alemão revisou suas fórmulas e excluiu dela o fator de correção. Existe um mito na história da física de que Einstein teria dito que a constante cosmológica foi “o seu maior erro”.
Mario Livio fez uma profunda investigação sobre a suposta frase de Einstein e descobriu que ela provavelmente foi inventada por colegas do físico. Para Livio, não foi a inserção da constante cosmológica nas fórmulas da relatividade de Einstein o erro do gênio, mas sim sua posterior exclusão. Isso porque ela se mostraria necessária para explicar outro fenômeno, descoberto em 1998 por uma equipe de astrônomos: a de que a expansão cósmica não está desacelerando, mas sim, acelerando.
O erro de Pauling
Linus Pauling, químico duas vezes laureado com prêmio Nobel, construiu, com pressa, um modelo errado de DNA. Pauling chegou a apresentar com pompa seu modelo alfa-hélice, um modelo tridimensional composto por bastões e bolas e que constituiriam a principal característica estrutural de muitas proteínas. Mas a pressa para não perder o prazo para a publicação de sua pesquisa levou o químico a cometer erros crassos.
Seu modelo era extremamente semelhante a um modelo rapidamente descartado por Francis Crick , que com seu colega James Watson descobriu a verdadeira estrutura do DNA. E o pior foi que o maior químico do mundo construiu um modelo completamente equivocado devido a um erro básico de química – justamente sua praia. O próprio livro de Pauling de química elementar contradizia característica utilizada no modelo errôneo, ligada a carga de fosfatos.
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"Tolices Brilhantes"
Autor: Mario Livio
Editora: Record
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'Erro dizer que homem descende do macaco', diz biólogo sobre Teoria da Evolução no 'Dia de Darwin'
Data homenageia naturalista britânico Charles Darwin, nascido há 210 anos, em 1809. Todos os anos, nesta data, fãs do inglês sobem nas redes sociais a #darwinday.
Por Lara Gilly, G1 Sul do Rio e Costa Verde
Há 210 anos, nascia Charles Darwin, considerado o pai da Teoria da Evolução e autor do famoso livro “A Origem das Espécies”, publicado em 1859. Nesta terça-feira, 12 de fevereiro, é comemorado em quase todo o mundo o #darwinday, "Dia de Darwin", onde fãs sobem todos os anos a hashtag nas redes sociais em homenagem ao aniversário do naturalista britânico nascido em 1809.
"De lá, pra cá", houve muitas deturpações das análises do inglês. Em 2019, ainda há muita gente que não entende ou distorce as ideias de Darwin e seus estudos científicos. O G1 conversou com o professor de Biologia, Leonardo de Almeida Amado, que também é coordenador do curso de Biologia do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), no Sul do Rio de Janeiro, para esclarecer essas dúvidas.
O naturalista inglês é conhecido também por antever os mecanismos genéticos e por fundar a biologia moderna. “Darwin foi um dos pioneiros a estudar e falar sobre a Evolução. Criou a Teoria da Seleção Natural. Porém, na época, não pode precisar como as características eram passadas para as gerações futuras. Com esta Teoria e os estudos de Gregor Mendel [biólogo botânico austríaco, falecido em 1884], a Genética começa a entender esta passagem de características”, explica o professor.
Na época, desacreditada por muitos, por causa do conceito da evolução através do Criacionismo, a Teoria de Darwin renasceu com a descoberta da estrutura do DNA, a parte principal de cada célula, presente em todos os organismos vivos e que é responsável pela transmissão de informações de uma geração a outra.
Com a célebre frase “não são as espécies mais fortes que sobrevivem, nem as mais inteligentes, e sim as mais suscetíveis a mudanças”, Darwin mudou para sempre o pensamento científico. Segundo Charles Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto, selecionados para aquele ambiente.
O homem veio do macaco?
O ser humano não “veio do macaco”. Esse é um equívoco que se criou em torno de uma ideia que não era de Darwin. Na verdade, o que ele disse é que havia indícios de que homens e macacos tinham um ancestral comum que evoluiu com o tempo e se desdobrou em vários ramos diferentes.
A Teoria da Evolução mostra como as espécies se desenvolvem. A base da Teoria, que é a seleção natural das espécies, explica como estruturas simples se tornaram seres complexos ao longo de milhões de anos, enfrentando os desafios da sobrevivência.
“Há uma descendência evolutiva das espécies. O Darwinismo, que é a seleção natural, e o neodarwinismo, que explicou, acompanhado da seleção natural, a recombinação genética, está graças aos estudos da genética, explicando o que Darwin não conseguiu explicar na época a respeito das alterações que as espécies sofriam e eram transmitidas as gerações seguintes”, esclarece o professor Leonardo de Almeida.
De acordo com a Teoria de Darwin, o homem e o macaco fazem parte da classe dos mamíferos e descenderam de um ancestral comum. Ao longo da evolução, homem e macaco foram sofrendo alterações e se adaptando às modificações ambientais.
É um erro dizer que o homem descende do macaco. Darwin nunca disse ou escreveu tal coisa. O ser humano e os macacos, segundo a Teoria da Evolução, é que o homem e os primatas descendem de um ancestral comum, que não era homem e nem macaco, explica professor
“É um erro dizer que o homem descende do macaco. Darwin nunca disse ou escreveu tal coisa. A Teoria da Evolução explica que homem e macacos descendem de um ancestral comum. Este ancestral não foi nem homem nem macaco. Este ancestral durante o processo evolutivo dividiu se em ramos, um para o gênero em que se encontram os macacos e outro para o gênero Homo. O gênero Homo, continuou a se evoluir e ainda se evolui", reafirma.
“As famosas mutações, que podem ser qualitativas ou quantitativas e podem ocorrer ao acaso ou, por exemplo, por influência de energia nuclear, em ambos os casos, afetam o arranjo dos genes nos cromossomos", explica o profissional.
Darwin e sua experiência no Brasil
O naturalista inglês, que passou anos e anos em expedições, também atracou no Brasil, em 1832. Ele aportou na Bahia e no Rio de Janeiro. Ao todo ficou por cinco meses. Darwin ficou encantado com a exuberância da floresta tropical, mas também se chocou com a escravidão — reforçando suas convicções abolicionistas de que todos os seres humanos compartilham a mesma linhagem sanguínea em razão da ancestralidade comum.
De acordo com especialistas, os dois pontos foram cruciais para a elaboração da revolucionária Teoria que separou, pela primeira vez, a ciência da religião.
Confusão com a palavra ‘teoria’
Existem dois principais significados para a palavra “Teoria”:
- Teoria é o conjunto de princípios fundamentais de uma arte ou uma ciência. Do grego theoria, que no contexto histórico significava observar ou examinar.
- Teoria também é usado como sinônimo de hipótese, uma conjectura, uma opinião formada diante de um fato.
Portanto, a teoria científica não é a mesma coisa de um “achismo”. "Sendo que o 'achismo' se baseia na opinião própria, sem argumentação concreta, sem estudos científicos, sem metodologia e/ou resultados científicos. Bem diferente de Teoria, como usado no caso de Darwin, onde ele fez observações nas espécies em loco, verificando as suas variações. Com argumentação e justificativas concretas", descreve o biólogo.
Futuro da profissão biólogo
O biólogo disse que vislumbra a profissão com muita perspectiva, talvez ainda não observada por muitos adolescentes. Ele esclarece que biólogos podem se especializar ou ser generalista e atuar em várias áreas e subáreas, conforme Resolução do CFBio, o Conselho Federal de Biologia.
“As questões ambientais, a necessidade atual de empresas/indústrias e outros setores da sociedade se adequarem à legislação ambiental atual necessitam deste profissional para elaborar relatórios e estudos, pareceres, laudos técnicos, auxiliar em recomposições florestais indicados as espécies corretas para determinado habitat. Recuperar aéreas degradadas com estudos técnicos e específicos. Trabalhar em laboratórios. Enfim, há um vasto campo de trabalho neste país”, enumerou algumas das possibilidades da profissão, nas áreas de Meio Ambiente, Biotecnologia e Biossegurança, Saúde e Educação.
O professor reforça a importância da Biologia, que é o estudo da vida. “Da vida de todos os seres vivos, do mais simples ao ser humano. Isto permite intensas e variadas pesquisas em todos os campos relacionados, permitindo inúmeras inovações científicas”, finaliza.
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