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Neurociência




Uma.mesma partícula pode se.comunicar com outra , estando uma aqui na Terra, com outra estando na Lua?


Uma partícula pode ser onda e partícula ao 'mesmo' tempo'? 

AA famosa.dualidade onda& particula.


No mundo quântico descoberto por Niels Bohr, Erwin Schroedinger e outros gigantes da física do começo do século 20, objetos minúsculos como os elétrons podem estar em dois lugares ao mesmo tempo. Eles também podem se comportar como uma partícula em um momento e no seguinte como uma onda, dependendo de como um observador tenta medi-los.

Em outras palavras, o simples ato da observação determina a forma que eles tomam e mesmo o que é a realidade. 

Em 2012, foi feito um experimento conforme proposto por Feymann, enviando a uma fenda Dupla

 um elétron por vez, nós primeiro segundos, hora, cada elétron atingiu um ponto fixo, bem localizado, sem interferência de uns com os outros, mas quando passou para milhares de elétrons, voltou a interferência, e o comportamento ondulatório.



Quando se tampa uma das fendas,.o padrão de interferência desaparece agora os elétrons incidem conforme com que esperávamos que eles incidissem, a partir do nosso conhecimento da física intuitiva, a respeito dos objetos macroscópico. 

Essas interferências entre elétrons e eétrons e Campo Pantico, enganam nosso cérebro.

O Geocentrismo era 'perfeito' explicava claramente o movimento do planetas e.do Sol em torno da Terra. Agora temos o 'Geoquantismo', seguindo a mesma premissa.


Quando um elétron passa por uma fenda ele se mantém partícula, porem, com muito mais incidência de partículas, o fenômeno ondulatório retorna.

 Se envio elétrons pelas as duas fendas o padrão ondulatório impera.

Ocorre que, quanto mais envio elétron pelas as fendas mais o ambiente vai se tornando 'saturado', carregado, fazendo com que as partículas emitam mais radiações, energia, frequências, e assim, as vemos em forma ondulatória, assim. Como vemos as ondas do mar, que se movem através de moléculas discretas de água

Imagine a corda Mi grave do violão, quando você bate nela com força, ela vira  bem ali na sua a frente, a corda 'vira onda". Agora imagine essa corda como uma partícula. Quando a lanço pela a fenda sem 'toca-la', a verei normalmente como a particula cumprida Mi,


Então, lanço fotons sobre ela, a particula-corda começa a vibra, como vemos no mundo macro, aqui terei a percepção que ela deixou de ser partícula e se tornou onda, depois ela bate no fundo do anteparo, para de vibrar, e 'volta' a ser partícula de novo, assim concluiremos que essa partícula Mi, tem um princípio dualista, onda-particula.


Livro Ciensofia l, Amazon e-book de Edson Exs.















Como o cérebro humano evoluiu graças à cozinha

  • Leia um trecho inédito de A Vantagem Humana, livro da neurocientista Suzana Herculano-Houzel que será lançado em outubro

O ser humano é impressionante. Nosso cérebro é sete vezes maior do que o esperado para o tamanho do nosso corpo e leva um tempo extraordinário para se desenvolver. Nosso córtex cerebral é o maior em relação ao tamanho do cérebro como um todo, e sua parte pré-frontal também é a maior. O cérebro humano, isoladamente, consome uma quantidade tremenda de energia: 25% das calorias necessárias para que o corpo funcione durante um dia. Ele se tornou enorme no decorrer de um brevíssimo tempo na evolução e deixou para trás nossos primos, os grandes primatas, como o gorila e o orangotango, com seu cérebro minguado e com o tamanho de apenas um terço do nosso. Então o cérebro humano é especial, certo? Errado. Nosso cérebro é notável, sim, mas não especial no sentido de ser uma exceção às regras da evolução. No entanto, parece que temos o cérebro mais capaz do planeta, aquele que explora outros cérebros em vez de ser explorado por eles. Se nosso cérebro não é uma singularidade evolutiva, onde está a vantagem humana?

Para entender a vantagem humana, é necessário ver o cérebro humano à luz da evolução e das novas evidências que sugerem uma nova explicação para o que torna únicas nossas habilidades cognitivas: nosso cérebro suplanta o de outros animais não porque somos uma exceção à evolução, mas porque, por simples razões evolucionárias, temos o maior número de neurônios no córtex cerebral, algo que nenhuma espécie atingiu. A vantagem humana reside, primeiro, no fato de sermos primatas, e por isso temos um cérebro estruturado segundo regras de proporcionalidade muito econômicas, graças às quais um grande número de neurônios cabe em um volume relativamente pequeno em comparação com outros mamíferos. Em segundo lugar, somos a espécie primata que se beneficiou do fato de que, há 1,5 milhão de anos, nossos ancestrais inventaram um truque que permitiu a seus descendentes ter um crescimento rápido e, dentro de pouco tempo, um número enorme de neurônios corticais, até agora sem rivais em outras espécies: o truque de cozinhar. Em terceiro e último lugar, graças à veloz expansão do cérebro possibilitada pelas calorias adicionais obtidas com o cozimento dos alimentos, somos a espécie que possui o maior número de neurônios no córtex cerebral — a parte do cérebro responsável por descobrir padrões, raciocinar de modo lógico, prever o pior e preparar-se para lidar com ele, criar tecnologia e transmiti-la por meio da cultura.

Suzana Herculano-Houzel: em 2009, ela publicou um trabalho revolucionário demonstrando que o cérebro tem 86 bilhões de neurônios | Leo Pinheiro/Valor/Agência o Globo

HOMO CULINARIUS

Não costumamos nos ver como animais. Entretanto, somos primatas, e comparar-nos com outros primatas no que diz respeito às nossas necessidades de energia pode ser muito esclarecedor quanto à nossa história evolutiva. Se gorilas e orangotangos vivem no limite do número de neurônios cerebrais e massa corporal que os primatas podem ter, nós, humanos, nem sequer deveríamos existir. Isso porque os 86 bilhões de neurônios de nosso cérebro e nosso corpo exigiriam que dedicássemos mais de 9 horas diárias a encontrar e ingerir alimento.

Obviamente, procurar alimento e comer durante tanto tempo é algo que não fazemos todo santo dia nem teríamos condições de fazer. E nossos ancestrais também não. Mas como nossos ancestrais conseguiram ter condições para arcar com o crescente número de neurônios? Um dos aspectos característicos e mais notáveis da evolução humana é que o encéfalo das espécies Homo aumentou muito e com rapidez extraordinária — quase triplicou de tamanho durante o último 1,5 milhão de anos — enquanto os encéfalos dos grandes primatas estagnaram no mesmo tamanho que possuem até hoje. Seja lá o que foi que mudou que permitiu que os encéfalos do homem, e só do homem, aumentassem tanto e tão depressa, deve ter sido algo que fez essa restrição energética deixar de existir.

Existem quatro modos de contornar uma restrição energética ao número de neurônios no cérebro: (1) diminuir o tamanho do corpo; (2) diminuir o custo energético do cérebro; (3) obter mais energia gastando ainda mais horas diárias em alimentação; (4) aumentar de algum modo a energia obtida com a mesma quantidade de alimento — por exemplo, com uma mudança radical na dieta.

As três primeiras alternativas podem ser descartadas. O que nos restou foi contornar uma restrição energética mudando a dieta para obter mais calorias no mesmo período de tempo ou até em menos tempo. Quando nossos ancestrais começaram a ganhar um cérebro muito maior, já haviam se tornado não só coletores mas também caçadores — e caçar, por sua vez, deve ter exercido uma pressão seletiva por mais neurônios cerebrais, pois requeria mais cooperação, memória, planejamento, raciocínio, autocontrole, noção do estado mental dos outros caçadores, comunicação por alguma espécie de linguagem: habilidades corticais que se baseiam acentuadamente nas funções associativas de um córtex pré-frontal. Ao disponibilizar mais energia, a transformação em caçadores-coletores provavelmente pôs nossos ancestrais no caminho de ganhar um número maior de neurônios e ter condições de sustentá-los.

Competição de robôs: a alta capacidade cognitiva possibilitou ao ser humano alterar o mundo à sua maneira | Alex Gallardo/AP Photo/Glow Images

No entanto, isso tudo aconteceu entre 4 milhões e 1,5 milhão de anos atrás, um período no qual a massa encefálica cresceu apenas ligeiramente nas espécies da nossa linhagem. Um aumento radical e súbito no tamanho do encéfalo, como o visto na evolução do Homo, deve ter requerido uma mudança igualmente radical e súbita no aporte calórico. Um modo de obter esse tipo de mudança — conseguir mais calorias no mesmo intervalo de tempo — é um velho conhecido nosso. Existem boas evidências, cada vez mais numerosas, de que ele já era usado há 1  milhão ou talvez até 1,5 milhão de anos, na época em que o tamanho do cérebro humano começou a crescer rapidamente. É a transformação de gêneros alimentícios — uma pré-digestão fora do corpo, antes de o alimento chegar à boca — conhecida como ‘cozinhar’.

Cortar, bater, esmagar ou amaciar os alimentos por algum outro método antes de mastigá-los também é ‘cozinhar’, no sentido menos restrito de preparar o alimento em vez de comê-lo in natura. Cozinhar, nesse sentido mais abrangente, é algo que os primeiros Homo e até seus ancestrais caçadores-coletores já faziam — e algo que os ancestrais dos grandes primatas não humanos nunca fizeram. Mas essas formas primitivas de cozinhar não são nada em comparação com o número de calorias proporcionado pela técnica mais apurada: cozinhar com fogo.

Cozinhar, ou algum modo de aumentar o aporte calórico dos alimentos, não foi simplesmente um bônus, uma vantagem acessória para o homem pré-histórico, e sim um requisito essencial para que seus cérebros se tornassem ainda maiores. Assim que o Homo se libertou das restrições energéticas impostas pela dieta crua, o tamanho do encéfalo aumentou rapidamente. Nossos ancestrais nunca divergiram da regra de proporcionalidade de neurônios dos primatas; eles apenas conseguiram continuar avançando em direção a ganhar mais neurônios, um número muito maior do que aquele ao qual os outros primatas estavam e ainda estão limitados em razão de suas dietas cruas. Não havia outro modo para o encéfalo humano se destacar, salvo uma mudança radical no aporte calórico. E a invenção da cozinha permitiu exatamente isso.

Ao mesmo tempo que aumenta o rendimento calórico dos alimentos, o cozimento reduz o tempo necessário para obter essas calorias, simplesmente porque é preciso mastigar muito menos para transformar o alimento em uma pasta macia o suficiente para ser engolida. Sobra mais tempo para fazer outras coisas com todos os neurônios que se tornam mais fáceis de sustentar. É fácil imaginarmos uma espiral ascendente, na qual a seleção natural favorece números maiores de neurônios, porque os indivíduos que os possuem têm uma vantagem cognitiva e agora dispõem de mais tempo para usá-los em caçadas, na busca de melhores habitações e nos cuidados voltados para o bem-estar de seu grupo, protegendo seus membros e transmitindo conhecimento sobre onde há comida e abrigo.

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Resumindo uma história de 2 milhões de anos, a invenção da cozinha fornece a explicação mais simples sobre como os humanos puderam, em pouquíssimo tempo, livrar-se da limitação de comer alimentos crus e, graças ao número maior de neurônios que eles agora podiam sustentar, plantar o próprio alimento, colhê-lo e distribuí- lo em mercados, criar civilizações inteiras ao redor dessas atividades, estabelecer cadeias de distribuição, supermercados, eletricidade, refrigeradores e ‘alimentos industrializados’ enlatados, congelados ou desidratados, que podem ser armazenados por tempo indefinido e estão prontamente disponíveis para consumo. Esse processo teve fases ruins, é claro. Fomes coletivas foram comuns, em parte porque a própria transição para a agricultura reduziu a diversidade dos alimentos e deixou os humanos à mercê de pragas, secas e guerras. No outro extremo, a culinária industrializada retirou tanta água daquilo que comemos que transformou os alimentos prontos em bombas calóricas.

Então o que nós temos e nenhum outro animal tem e que explica nossa vantagem cognitiva? Um número notavelmente grande de neurônios. E o que nós fazemos e nenhum outro animal faz que nos torna humanos? Esqueça enganar, raciocinar, planejar, contar, usar linguagem — outros animais podem fazer essas coisas, pelo menos em certa medida. Nós cozinhamos o que comemos: essa é a atividade exclusivamente humana, a que nos permitiu pular o muro energético que ainda tolhe a evolução de todas as demais espécies e nos põe num caminho evolutivo diferente do de todos os outros animais. Como disse o autor Michael Pollan na revista Smithsonian: ‘Claude Lévi-Strauss e Brillat-Savarin consideraram a cozinha uma metáfora da nossa cultura, mas ela não é uma metáfora, é uma condição prévia’. Portanto, agradeçamos a nossos ancestrais Homo culinarius pelos nossos neurônios e tratemos a cozinha com o devido respeito. Eu agora faço isso, com certeza.”


Trecho adaptado do livro A Vantagem Humana, de Suzana Herculano-Houzel






Os chimpanzés passam a maior parte do dia procurando e mastigando alimentos extremamente fibrosos. Sua dieta é muito insatisfatória para humanos. Mas depois que nossos ancestrais passaram a comer alimentos cozidos - aproximadamente há 1,8 milhão de anos - sua dieta se tornou mais leve, segura e muito mais nutritiva.

E foi isso que fomentou o desenvolvimento do corpo ereto e de um cérebro maior, que são associados aos humanos modernos. Nossos primeiros ancestrais tinham intestinos relativamente grandes e proporções primatas.

homo erectus, nosso ancestral mais próximo, tem pernas longas e um corpo ereto e esguio. Na verdade, ele poderia entrar em uma loja da Quinta Avenida hoje e comprar um terno direto do cabide.

Nossos ancestrais foram capazes de evoluir porque cozinhavam alimentos mais ricos, saudáveis e que exigiam menos tempo de consumo.



Richard Wrangham, primatólogo e antropólogo, passou quatro décadas observando chimpanzés selvagens na África para descobrir se seu comportamento poderia nos dizer algo sobre os humanos pré-históricos. Wrangham, 60, nasceu na Grã-Bretanha e desde 1989 está em Harvard, onde é professor de antropologia biológica. Ele está prestes a publicar outro livro, "Catching Fire: How Cooking Made Us Human," (Pegando fogo: como cozinhar nos tornou humanos).


Ele foi entrevistado durante um almoço vegetariano no último encontro de inverno da Associação Americana para o Avanço da Ciência em Chicago e de novo posteriormente por telefone. A seguir, uma versão editada das duas conversas.

Em seu novo livro, você sugere que cozinhar facilitou nossa evolução de primatas para humanos. Até agora, os cientistas têm teorizado que a fabricação de instrumentos e a alimentação à base de carne prepararam as condições para a ascensão do homem. Por que você argumenta que cozinhar foi o fator principal?
Tudo que você mencionou levou à evolução de nossa espécie. No entanto, nosso cérebro maior e o formato de nossos corpos são o produto de uma dieta rica que foi apenas possível depois que começamos a cozinhar nossos próprios alimentos. Foi o ato de cozinhar que forneceu aos nossos corpos mais energia do que previamente obtínhamos enquanto animais consumidores de alimentos crus.

Acompanhei chimpanzés selvagens e estudei o que e como eles comem. Os chimpanzés modernos provavelmente consomem os mesmos tipos de alimentos que nossos primeiros ancestrais.

Na selva, eles têm sorte se encontrarem uma fruta tão deliciosa quanto uma framboesa. Com maior freqüência, eles encontram pedaços de frutas tão secas e de gosto tão forte quanto o fruto de rosas-silvestres, que eles mastigam durante uma hora inteira.


Os chimpanzés passam a maior parte do dia procurando e mastigando alimentos extremamente fibrosos. Sua dieta é muito insatisfatória para humanos. Mas depois que nossos ancestrais passaram a comer alimentos cozidos - aproximadamente há 1,8 milhão de anos - sua dieta se tornou mais leve, segura e muito mais nutritiva.

E foi isso que fomentou o desenvolvimento do corpo ereto e de um cérebro maior, que são associados aos humanos modernos. Nossos primeiros ancestrais tinham intestinos relativamente grandes e proporções primatas.

homo erectus, nosso ancestral mais próximo, tem pernas longas e um corpo ereto e esguio. Na verdade, ele poderia entrar em uma loja da Quinta Avenida hoje e comprar um terno direto do cabide.

Nossos ancestrais foram capazes de evoluir porque cozinhavam alimentos mais ricos, saudáveis e que exigiam menos tempo de consumo.


As maiores perdas ocorrem em legumes e verduras, pois esses vegetais já contêm em si bastante água e acabam privados, em média, de 50% de suas vitaminas e sais minerais. Frutas, pelo mesmo motivo, também perdem altas doses de nutrientes quando cozidas. “Por isso, o ideal é cozinhar no vapor.18 de abr. de 201



Assar os alimentos também é preferível, mas não por muito tempo. “Carnes têm pouca perda nutritiva, mas quando ficam esturricadas, sofrem alterações químicas e podem conter gás carbônico. É a mesma coisa que comer um pedaço de carvão.



  • Ao preparar a carne exposta em altas temperaturas, ela pode acabar desenvolvendo substâncias que podem levar ao câncer
  • Ao assar, grelhar ou cozinhar, é sempre importante ficar de olho na temperatura.
  • A carne assada é a que menos perde nutrientes, mas os cozidos e grelha na frigideira também são indicados

A carne preparada na churrasqueira é a mais associada ao aumento no risco de câncer, e o problema não é só o carvão. Compostos potencialmente nocivos podem ser formados toda vez que a carne é exposta a altas temperaturas --e especialmente se tostada. Mas se normalmente a carne precisa de cocção, qual a melhor forma de prepará-la?

Para reduzir essas substâncias nocivas, a recomendação dos especialistas é tomar alguns cuidados durante o preparo da carne, como o controle da temperatura e do ponto, e isso vale no forno, panela ou frigideira. "A temperatura deve ser a mais baixa possível, ou o alimento deve ficar o mínimo de tempo possível em temperatura mais alta", ensina João Paulo Fabi, pesquisador do Centro de Pesquisas em Alimentos da USP (Universidade de São Paulo).


No geral, quando as carnes são assadas no forno, há uma boa retenção de seus nutrientes. Para garantir um preparo saudável, limpe os pedaços maiores de gordura, use azeite de oliva extravirgem e controle a temperatura, que deve ficar entre 160 e 180 ºC. O cuidado com o ponto deve ser o mesmo: o ideal é que a superfície do alimento não fique queimada.

Carne cozida

Carne de panela  - Istock
Imagem: Istock

Os métodos que usam calor úmido, como cozidos e ensopados, também são recomendados pelos especialistas. As vitaminas do complexo B, que existem em boa quantidade nas carnes, são hidrossolúveis, ou seja, se dissolvem na água. A perda é pequena, mas vale evitar longos períodos de cozimento.

Mas o fato de ser uma carne de panela não libera o consumo em exagero. "Mesmo se for apenas cozida em água, a carne será submetida a uma temperatura alta, então pode haver liberação dessas substâncias", complementa Thaís Manfrinato, nutricionista do A.C. Camargo Cancer Center, em São Paulo.

A recomendação atual é de 500 g de carne vermelha por semana, ou um bife de 70 g ao dia, o tamanho de um punho fechado.

Na frigideira ou grelha

Carne grelhada  - Istock
Imagem: Istock

Um estudo recente conduzido pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, com mais de 100 mil pessoas, descobriu que pessoas que comem com frequência qualquer tipo de carne grelhada ou assada, vermelha ou branca, podem ter um risco até 17% maior de desenvolver hipertensão. O consumo regular de carnes bem passadas, independentemente do modo de preparo, estava ligado a um risco 15% de ter o mesmo quadro.

A hipótese é que isso ocorra por conta do aumento das aminas heterocíclicas, as mesmas ligadas ao câncer. Mas o estudo apenas mostra uma associação, ou seja, não é de causa e efeito. Alguns especialistas defendem que a carne pode ser sim feita na frigideira. "Grelhar com um fio de azeite ou sem nada é uma ótima opção", opina Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia).

Nem todo mundo, entretanto, concorda com essa abordagem. "Grelhar é um método que geralmente usa altas temperaturas, portanto produz quantidades elevadas dessas substâncias", aponta Maria Eduarda Melo, nutricionista e chefe da Área Técnica de Alimentação, Nutrição, Atividade Física e Câncer do Inca (Instituto Nacional do Câncer


importante é evitar que a carne torre, ponto que indica a presença de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) e aminas heterocíclicas, substâncias associadas ao aparecimento de tumores e outros problemas de saúde. Elas estão presentes em pequena quantidade na carne queimada, mas o consumo frequente e duradouro pode ter efeitos negativos. Conheça mais sobre os cuidados e vantagens de cada tipo de preparo:



Para aproveitar o que a carne pode oferecer de nutrientes, sem pôr a saúde em risco, é preciso saber como preparar de forma a preservar a suculência e sabor. "Deve ser observado que cortes de carne que contêm pouco colágeno, como paleta, acém, peito e capa de filé, pedem métodos de cocção que hidratem o alimento, como o calor úmido. O calor seco pode ser utilizado em cortes de carne mais macias, como alcatra, lagarto, peito de frango e peixes, e em preparações grelhadas utilize filé mignon, contrafilé, patinho", orienta a nutricionista Sheila Basso.

Por isso, dentre bem ou mal passada, a carne preparada ao ponto não oferece riscos e é excelente fonte de proteína de alto valor biológico (fácil absorção) e de ferro, vitaminas do complexo B, zinco, magnésio, sódio e outros nutrientes necessários para a boa saúde. Ingerir uma pequena quantidade de carne vermelha por dia, por exemplo, pode diminuir a propensão do cérebro desenvolver distúrbios de ansiedade e depressão.

Para deixar a carne em seu melhor estado, existe uma técnica chamada "rest", que consiste em deixar o alimento descansar antes de servir. A carne, quando está em alta temperatura, se contrai e o sangue vai se concentrando na parte central, então, se for cortada logo depois de sair do calor, estará dura nos lugares que não tem mais sangue e o que se concentrou no meio vai escorrer, junto com o sabor. Deixando a carne por um tempo, ela "relaxa" e recupera a maciez, o sangue do centro se espalha devolve o aspecto rosado quando cortada, sem cenário sangrento no prato.

6 dicas para preparar a carne sem perder nutrientes

1 – Escolha sempre se alimentar de carnes magras. Prefira cortes como lagarto, patinho, alcatra, maminha ou filé mignon;

2 – Caso haja alguma gordura no pedaço escolhido, limpe ou peça ao açougueiro para remover essa parte;

3 – Carnes devem ser conservadas na geladeira e não devem ficar mais do que 30 minutos fora dela, o que facilita o desenvolvimento de micro-organismos.

4 – Prefira comer as carnes preparadas no vapor, assadas, refogadas ou grelhadas , evitando as frituras

5 – Fique atento à coloração da carne, quando tudo apresentar uma coloração parda é garantido que todo e qualquer micro-organismo foi eliminado.

6 – Se o prato pedir que a carne seja frita, prepare sempre com pouco óleo e retire toda a gordura que soltar da carne;

Alguns cuidados no churrasco


Assar alimentos é uma forma tradicional de prepará-los. Mas nem sempre é a mais saudável: do ponto de vista nutricional, há perda de algumas substâncias benéficas. Mas temos uma boa notícia: assar de forma correta, controlando tempo e temperatura pode evitar esse prejuízo e faz com o método seja considerado.

A perda ocorre sempre que o calor está envolvido. A preparação em que há menor déficit nutricional é o vapor. Sem entrar em contato com a água, o alimento preserva boa parte de suas vitaminas e minerais com poder antioxidante. 


  • Os alimentos podem perdem nutrientes em diferentes formas de preparo, o que interfere é o calor, a temperatura e o tempo usado nos processos
  • As vitaminas C e do complexo B são as mais perdidas durante o cozimento, por serem solúveis em água
  • No entanto, alguns cuidados com o tempo que você deixa os alimentos em contato com a água, o calor e o ambiente ajudam a minimizar essa perda
  • Por outro lado, o calor ajuda na absorção de outros nutrientes, como o licopeno do tomate


Você provavelmente já ouviu falar em alimentos que perdem nutrientes quando são preparados. Pois é, atos comuns no dia a dia da cozinha, como descascar, cortar, cozinhar, assar, grelhar, fritar, deixar de molho e bater no liquidificador podem causar perda de vitaminas, proteínas, sais minerais, carboidratos, fibras e compostos bioativos. Isso porque muitas dessas substâncias são alteradas em contato com a luz, o calor e o oxigênio do ar.

Antes que você se assuste e considere adotar o crudivorismo como estilo de vida (lembrando que os alimentos também perdem nutrientes estando crus), saiba que muitos não têm perdas tão significativas ao serem preparados, segundo uma tabela do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (em inglês). Ela mostra o quanto de nutrientes cada tipo de alimento retém conforme sua preparação, e dá para perceber que é muito raro que sua quantidade caia para mais do que a metade do valor original. Mas é importante estar atento aos processos que você adota ao cozinhar.






Tomate

Cozinhar tomate aumenta a quantidade de licopeno que é liberada no corpo. O tomate cru só libera cerca de 4% desse antioxidante que tem sido associado a taxas mais baixas de doenças cardíacas e câncer.


Couve-crespa

Cozida, fornece 2,6 g de fibra, 2,5 g de proteína e 0,52 g de gordura. Se você comê-la crua, terá a mesma quantidade de proteína e gordura, mas apenas metade da fibra. Quando você cozinha, também a










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